Vou morrer sozinho
Encaro o teto escuro do meu quarto enquanto meus pensamentos são embalados ao som de duran duran (save a prayer) e me questiono sobre diversos assuntos, ciente de que não me encaixo a realidade que fui inserida, sentindo em meus ossos que nasci na época errada, no contexto errado, avaliando todas as estranhezas que me acompanham e eu adoro. Sinto o peso de anos tentando me encaixar, implorando para ser amada e receosa de dar um passo em falso e terminar sozinha me abater, e um riso baixo faz meu peito tremer, é irônico eu estar sozinha após tanto tentar agradar e falhar miseravelmente.
Frestas de luz entram pela janela pontuando minha estante lotada de exemplares de temas variados, histórias que me acolhem, fazendo com que nem que seja por um pequeno período de tempo eu sinta que pertenço a algo, um lugar, uma pessoa, uma família. Deve ser por isso que as ressacas literárias me castigam com força, me envolvo demais, sinto demais, me refugiu da realidade e ao fim termino da mesma maneira, sozinha e ansiando por pertencer. Apenas pertencer.
Dan 💡
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