A duquesa rebelde — Christine Merril




De plebeia a duquesa em um dia!

Lady Miranda noivou e casou com Marcus Radwell, o duque de Haughleigh em um único dia! Não tardou para descobrir que a vida de casada não era bem o paraíso… Uma mansão decadente e um marido reservado não faziam parte dos sonhos de nenhuma mulher. Mas toda vez que olhava para seu taciturno marido sentia-se compelida e obstinada a não só conquistar o coração dele, mas também a transformar a união em um casamento feliz… e bastante sensual!

Errado de tantas maneiras que fica até difícil de achar algo bom e confesso que fiz questão de terminar o livro para poder dizer o quanto não gostei, mas vamos lá:

O fato de ele ser um babaca que fica gritando 24 horas por dia e principalmente quando algo não está do jeito que ele deseja (afinal, ele é um duque), não passou despercebido apesar de a autora tentar amenizar tais comportamentos justificando como “temperamento familiar” ou com os traumas vividos. O casamento todo é problemático devido ao histórico de ambos sem precisar acrescentar o malévolo St. John (que sinceramente, foi uma jogada desnecessária para a trama).

Miranda é submissa, apesar de algumas explosões, mas no geral se desculpa por tudo (o que dá para compreender considerando que ela viveu a maior parte da vida trabalhando em casa de nobres), é uma mulher forte, mas extremante indecisa em relação a como se posicionar, principalmente quando está na presença do duque, fora que há um ciúme desnecessário por parte dela em relação a falecida duquesa (que morreu durante o parto cerca de 10 anos atrás) principalmente quando o próprio Marcus dá diversas demonstrações de que o primeiro casamento foi extremamente infeliz.

Marcus, Marcus… juro que tentei gostar de você e em alguns momentos você até me fez sentir algo, mas nunca flutuar. Sombrio, arrogante, desconfiado, manipulável e instável. É uma criança mimada com traumas e que não sabe se desculpar. Permite que os problemas com o irmão afete ambos de seus casamentos fazendo como que sejam fadados a infelicidade.



**SPOILER**
E a cena que eu esperei a resenha toda para comentar A PRIMEIRA VEZ DOS MOCINHOS. Ele foi gentil, cortês, respeitador e demorou três semanas para enfim reclamar Miranda como sua (como manda o figurino) e fez de uma maneira que, se soou palpável ou compreensivo para alguém que leu a obra, peço gentilmente que repense seus princípios, pois foi extremamente desagradável para os envolvidos (a mocinha, a leitora e espero de coração, que para a autora também) devido a falta de consideração por parte dele, sendo arrogante, dominador, coagindo/exigindo que ela fizesse o que ele estava pedindo e em seguida continuando o ato mesmo ao notar a dor que Miranda sentia (afinal, ela era virgem) e quando eu achei que parava por ai, no dia seguinte ele permanece um babaca, só que 10x pior, não se desculpa, não parece nem levemente arrependido e na mesma noite quem vai procurar quem? Isso mesmo, Miranda.
**SPOILER**

Algo que gostaria de deixar claro: NADA, nem a confusão que antecede o ato abusivo justifica tais comportamentos ou que tais soem minimamente compreensíveis. Se isso é um romance, ele está errado de diversas maneiras e elas não devem passar despercebidas ou serem consideradas como algo comum. Vivemos em uma sociedade machista, o feminicídio é real e forte no mundo todo e no Brasil a cada 1 hora, uma mulher é assassinada. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada (dados de 2017).

Spoilers à parte, essa é somente a minha opinião e sinceramente? Quero esquecer que um dia li esse livro (e que vi diversas resenhas positivas na internet a respeito da história) e que ele é considerado um romance leve de se ler. 

Dan



Comentários

  1. Ler um livro apenas para poder criticar?! Essa é minha garota! Orgulho define. Parabéns pela resenha ❤

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas