Mar revolto
Vou lhes contar um segredo: em dias tranquilos, me pego sussurrando baixinho, as mãos junto ao peito, implorando para que a calmaria permaneça e se estenda até o dia seguinte, suplicando para que a tempestade não volte a me assombrar, mas ela volta, sempre volta, bate na porta como uma velha amiga e se convida para o café, puxa uma cadeira e se força a ficar, por mais que eu peça para que se retire, fica em meu encalço até que eu ceda, me deixando levar pelo mar revolto, não lutando pelos dias tranquilos...
Quando sua realidade é a tempestade, após anos lutando você se deixa levar e aprende a sentir-se extremamente grato por cada descanso nos mares tranquilos que eventualmente surgem, aprende a usar energia na luta de batalhas que serão vencidas e aprende também a identificar a iminente vitória de longe. Basta saber avaliar e ter a calma que falta no mar revolto.
Quando sua realidade é a tempestade, após anos lutando você se deixa levar e aprende a sentir-se extremamente grato por cada descanso nos mares tranquilos que eventualmente surgem, aprende a usar energia na luta de batalhas que serão vencidas e aprende também a identificar a iminente vitória de longe. Basta saber avaliar e ter a calma que falta no mar revolto.
Dan
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