História de um Casamento (2019)




2019 ‧ Drama/Comédia dramática ‧ 2h 17m 

Olha ai quem está renascendo das cinzas feito uma fênix! hahaha Estou secando minhas lágrimas enquanto escrevo essa resenha, a última vez que chorei tanto com um filme foi com nasce uma estrela, sentimentalismo a parte, vamos lá:

Sinopse:
Nicole (Scarlett Johansson) e seu marido Charlie (Adam Driver) estão passando por muitos problemas e decidem se divorciar. Os dois concordam em não contratar advogados para tratar do divórcio, mas Nicole muda de ideia após receber a indicação de Nora Fanshaw (Laura Dern), especialista no assunto. Surpreso com a decisão da agora ex-esposa, Charlie precisa encontrar um advogado para tratar da custódia do filho deles, o pequeno Henry (Azhy Robertson).

A história de um casamento nos mostra o lado real de um relacionamento, com seus pequenos e grandes problemas, sejam eles no dia-a-dia ou em um todo, e também nos faz enxergar motivos que nos levam ao término.
Em dado ponto do filme, uma cena em especial me quebrou, sabe quando alguém te mágoa tanto que no meio de uma discussão você se vê falando crueldades na tentativa de magoá-la da maneira que ela fez contigo? Então, não consegui deixar de sentir na pele o que ambos estavam sentindo e isso me fez chorar feito um neném.

O filme também faz questão de frisar o quão perfeita a mulher precisa ser dentro da sociedade, principalmente quando se é mãe, e nesse caso em especial não há espaço para erros.

"Nós podemos aceitar um pai imperfeito. O conceito de um bom pai só foi inventado há uns 30 anos. Antes era normal que os pais fossem calados, ausentes, pouco confiáveis e egoístas. É claro que queremos que eles não sejam assim, mas no fundo nós os aceitamos. Gostamos deles por suas imperfeições, mas as pessoas não toleram essas mesmas coisas nas mães. É inaceitável em nível estrutural e espiritual. Porque a base de nossa conversa judaico-cristã é Maria, a mãe de Jesus, que é perfeita. Ela é uma virgem que dá à luz, apoia incondicionalmente o filho e segura seu cadáver quando ele morre. O pai não aparece. Nem apareceu para a trepada. Deus está no céu. Deus é o pai e Deus não apareceu. Você tem que ser perfeita, mas Charlie pode ser um puto desastre. Você sempre será colocada no nível mais alto. Isso é foda, mas é assim que as coisas são."

Cheguei ao final com a conclusão de que não há vilões, ambos carregam uma parcela de culpa, ele por seu egoísmo (entre outras coisas), ela por ter se anulado ao longo do casamento e da maternidade (o que geralmente ocorre na sociedade; entre outras coisas), e mesmo que ainda haja amor, o amor somente não é capaz de sustentar um casamento. 


Se você, assim como eu, e assim como o Charlie for chorão e estiver a fim de chorar, então essa é minha dica.

Muita Luz! Dan.

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